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Foto do escritorLetícia Fernandes Leal

Visitou mil lugares no mundo

Atualizado: 1 de mar.

Diário de Criação | Capítulo 03


Nesta série de posts, estou contando como foi/está sendo a experiência de escrita, edição e comercialização do meu terceiro livro: A Sombra sem Corpo. Leia as também as partes 01 e 02 no blog.



É difícil estabelecer linearidade no processo de criação. Por mais que existam, em certos casos, etapas muito bem delimitadas – por exemplo: escrever primeiro, revisar depois –, a verdade é que boa parte das atividades se sobrepõe.


Assim, ao mesmo tempo em que eu enviava meu texto para a leitura crítica, eu acordava me perguntando qual seria a melhor forma de publicá-lo. Um conto em ebook, na Amazon? Reunido a outros contos para compor um livro?


Acabei optando por publicá-lo individualmente, em dois formatos (digital e físico). E mais: escolhi fazer isso sem a ajuda de uma editora. 


Eu estava me colocando em um novo desafio. Além de publicar prosa pela primeira vez, agora eu também seria minha própria editora. 


Em outros textos, espero falar mais sobre essas decisões. Aqui, quero compartilhar outra coisa: o lugar que A Sombra sem Corpo ocupa no “conjunto da obra” que eu estou construindo. 


Sólido (poesia, 2020, Editora Kazuá) me ajudou a perceber alguns dos meus temas de interesse e um conjunto de referências com as quais eu estava inclinada a dialogar. “Conflito geracional” e “modernidade” eram expressões muito importantes para mim. 


Burnoutinho (poesia, 2023, Editora Minimalismos) ampliou a conversa anterior e me apresentou ao que parece ser o meu “público leitor ideal” ou, dito de outro modo, às pessoas com as quais eu adoraria trocar uma ideia através da literatura. 


Foi com Burnoutinho que eu descobri uma máxima que orienta muito do meu trabalho: “Escrevo para jovens millennials que pagam boletos e sentem dores nas costas”. Eu tenho um cartão de visitas com essa apresentação. 


Agora, com A Sombra sem Corpo, eu sinto que estou ampliando os pontos de contato com esse “público leitor ideal”. 


Outro formato, outra estética, outras referências, outros desafios de publicação e divulgação… Mas, no fundo, ainda estou escrevendo para as mesmas pessoas. 


Vou ficar muito feliz se A Sombra sem Corpo encontrar leitores que, como disse C. S. Lewis, têm “idade suficiente para começar a ler contos de fadas novamente”. 


Ou pessoas que, como eu, entendem o desenho da jiboia que engoliu um elefante. 


Gente boa, 

esse livro é pra vocês!






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